segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A matriz essencial do pensamento Nova Era

A matriz essencial do pensamento Nova Era deve ser procurada na tradição esotérica-teosófica amplamente aceita pelos círculos intelectuais europeus nos séculos XVIII e XIX. Esteve particularmente  presente na maçonaria, no espiritismo, no ocultismo e na teosofia, que tem em comum um certo tipo de cultura esotérica. Nesta visão do mundo, os universos visíveis e invisíveis são ligados por uma série de correspondências, analogias e influências entre o microcosmo e o macrocosmo, entre metais e plantas, entre planetas e diferentes partes do corpo humano, entre cosmo visível e reinos invisíveis da realidade. A natureza é um ser vivo, atravessado por fluxos de simpatia e antipatia, animado por uma luz e por um fogo secreto que os seres humanos procuram controlar. As pessoas podem entrar em contato com os mundos superiores e inferiores, mediante a imaginação (um órgão da alma e do espírito) ou, então, utilizando mediadores (anjos, espíritos, diabos) ou rituais. 
As pessoas podem ser iniciadas nos mistérios do cosmo, de Deus e de si próprias, através de um percurso espiritual de transformação. A verdadeira meta é a gnose, a forma mais elevada de consciência, equivalente da salvação. Implica uma busca das tradições mais antigas e mais elevadas da filosofia (o que, de maneira imprópria se denomina philosofia perennis) e da religião (teologia primordial) e uma doutrina secreta (esotérica) que é a chave de todas as tradições esotéricas acessíveis a qualquer pessoa. Os ensinamentos esotéricos são transmitidos de mestre a discípulo num programa gradual de iniciação. 

DOCUMENTO DO VATICANO - A NOVA ERA, JESUS CRISTO, PORTADOR DA ÁGUA VIVA. São Paulo: Cléofas. 2008

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