Na noite de 18 de julho era justamente Madre Marthe quem dava instruções ao noviciado. Era a véspera da festa de São Vicente. Ela evocava calorosamente a piedade do fundador pela Virgem Maria, e Catarina embebia-se de suas palavras. Catarina tinha visto São Vicente, tinha visto Nosso Senhor... Não tinha visto a Virgem Santa. E ei-la transportada por um novo elã: "Eu me deitei com a ideia de que nessa mesma noite eu veria minha boa Mãe. Havia muito que desejava vê-la!"
E foi o que aconteceu.
Finalmente, às onze e meia da noite, ouvi um chamado:
- Irmã, irmã!
Despertei e olhei para o lado de onde vinha a voz, do lado do corredor. Abri a cortina. Vi então uma criança vestida de branco, de uns 4 ou 5 anos de idade, que me dizia:
- Levanta-te depressa e vá à capela, a Virgem Santa a espera!
De imediato, veio-me à mente:
- Mas ela vai me esperar?
A criança me respondeu (mentalmente):
- Fique tranquila, são onze e meia, todos estão dormindo.
Venha, estou esperando.
[...]
A criança me conduziu para dentro do Santuário, ao lado da poltrona do Senhor Diretor. Lá me pus de joelhos, e a criança permaneceu em pé o tempo todo. Como julgasse haver demora, olhei para verificar se as vigilantes não passavam pela tribuna. Por fim, chegava a hora, preveniu-me a criança, dizendo:
- Eis a Virgem Santa! Ei-la;
LAURENTIN, René. Catarina Labouré. Mensageira de Nossa Senhora das Graças e da Medalha Milagrosa. São Paulo: Paulinas. 2009.

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