domingo, 12 de fevereiro de 2017

Relacionamentos falsos e amizades interesseiras

Às vezes fico atemorizado em lidar com as pessoas dissimuladas que vivem ao nosso lado. Não as julgo nem as condeno, só me preocupo com minha personalidade, porque, de tanto conviver com hipocrisias, posso também eu me tornar um dissimulado sem perceber. Eu não preciso fingir que gosto de ninguém. Do mesmo modo, não preciso nem quero que ninguém faça força para gostar de mim, pois ninguém é obrigado a gostar de ninguém. Gosto cada um tem o seu. Amar, sim. Amo até pessoas de quem não gosto, com a força do amor-caridade. Mas nada de coisas piegas: sorrisos falsos, abraços sem intensidade e palavras vazias para fazer média. O amor que tenho para dar é um amor respeitoso e desejoso de que o outro cresça, siga em frente e seja feliz. 
Não viva nada de maneira dissimulada na sua vida. Em se tratando de relacionamentos, no entanto, faça um esforço para ser educado, gentil e amável com todos. Cumprimentar algumas pessoas e não outras é reflexo de infantilidade e afetos mal curados, portanto, tenha um sorriso e um afago para distribuir para todos de forma gratuita e generosa. E reserve os gestos mais profundos e os afetos mais calorosos para as pessoas com quem você tem mais intimidade e afinidade. 
Tudo que ressoa falso é amargo e indigesto. Tudo que ressoa autêntico é formidável e digno de aplausos. Não negue amor a ninguém, mas que ele seja sempre a expressão da autenticidade do seu coração. 

ARAÚJO, Roger. Repensando a vida. Reflexões simples como simples deve ser a vida. São Paulo: Canção Nova. 2014



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