quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

A confusão dentro da Igreja

Mais perigosos para a integridade da fé  do que os que abertamente deixaram a Igreja, como Leonardo Boff ou o grupo de apóstatas Católicas pelo Direito de Decidir, são aqueles clérigos e leigos que cultivam a ambiguidade na maneira de formular a doutrina. São aqueles que evitam referir-se ao claro ensinamento do Magistério como se não existissem para eles, reduzindo a doutrina cristã a uma mensagem de solidariedade ou de crítica social. Considere-se, por exemplo, a rejeição aberta ou, o que é pior, o silêncio sobre a doutrina das encíclicas Humanae Vitae, Veritatis Splendor, Evangelium Vitae, ainda que Bento XVI, na recente Caritas in veritate, confirme que a Humanae Vitae e a Evangelium vitae fazem parte da Doutrina Social da Igreja. 
D. Antonio Cañizares, em 15 de agosto de 2004, enquanto ainda era Arcebispo de Toledo e Primaz da Espanha, dizia: "A Igreja em sua peregrinação ao longo do século XX e início do século XXI passou por muitas tribulações e teve que travar muitas batalhas contra o poder das trevas. Talvez nunca na história foi tão perseguida como neste período. O laicismo reinante, a secularização generalizada do mundo e dentro da própria Igreja, a apostasia silenciosa e a as deserções de muitos cristãos, o enfraquecimento das consciências e a falência moral dos tempos atuais ainda são uma provação muito severa, Está sofrendo neste tempo as mais duras e maiores perseguições". 

SANAHUJA, Juan Claudio. Poder global e religião universal. São Paulo: Ecclesiae. 2012

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