Os santos, cada qual a seu modo, viveram o mistério de Cristo, revelando assim uma faceta do Evangelho.
Podemos dizer que existem três Evangelhos: o Evangelho escrito, segundo os quatro evangelistas; o Evangelho vivido, os santos canonizados ou não; e o Evangelho vivo, os cristãos de hoje e, especialmente, os religiosos e religiosas, tornando presentes os vários carismas dos seus fundadores.
Os santos constituem o Evangelho vivido. Comemorando os santos, a Igreja evoca e assim torna presente a respectiva faceta do Evangelho vivida pelo santo. Pela comemoração dos santos, a Igreja assume a própria vocação evangélica, ou seja, a faceta do mistério de Cristo revelada pelo santo, que vai se realizando em sua própria caminhada.
Os santos, primeiramente, apresentam uma mensagem geral: anunciam o Evangelho, o mistério pascal, Jesus Cristo. Eles os revelam e conduzem a eles.
Depois, temos uma mensagem comum a certas categorias ou grupos de santos. Entre os santos, temos alguns que não se enquadram em determinado grupo. Excepcionalmente rica é a mensagem de São João Batista, ao mesmo tempo profeta, precursor, penitente, batista e mártir. Para se chegar a Cristo, o cristão necessariamente deverá passar por ele. São José é outra figura de destaque dentro do mistério de Cristo. José está presente e atua, silenciosamente acolhendo, defendendo, ensinando, conduzindo os passos onde o Cristo nasce, dá os seus primeiros passos e cresce em idade e graça. Santa Maria, Nossa Senhora, Mãe de Jesus Cristo e Mãe da Igreja, naturalmente ocupa um lugar todo especial.
BECKHAUSER, Alberto. Os santos na liturgia. Testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes. 2013

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