Por que Deus permite o mal? Mais uma vez, o cético vai observar que Deus não deve ser de todo bom, ou então, Sua criação seria um reflexo desta perfeição; Ele não deve ser Todo-poderoso, ou então, Ele já teria consertado esse problema.
Mas qual seria o problema se Deus tivesse usado o mal para mostrar Sua infinita bondade e poder? E se, por um ato de salvação, Ele pudesse trazer um bem ainda maior, um bem muito além da realidade do mal?
Se você já participou da liturgia da Vigília Pascal no rito latino, então já ouviu o antigo hino com a frase: "Ó feliz culpa! Ó necessário pecado de Adão!" Bem, isso deve fazer você se perguntar por que a Igreja iria comemorar um pecado e uma falta como "feliz".
Muito maior do que a queda da natureza humana, não se pode comparar ao que Deus nos deu em Cristo. Podemos dizer que Deus nos permitiu quebrar um ossos para que Ele mesmo pudesse recompô-lo, tornando-o não apenas forte, mas inquebrantável. Deus nos permitiu não somente perder a graça divina, mas também a posição que tínhamos como Seus servos, Seus escravos obedientes. Ele previu que iríamos cair. Ele não causou nossa queda, mas a permitiu livremente. E a fez a fim de trazer uma nova criação gloriosa que excedesse todas as possibilidades da natureza humana. Então, Cristo tomou nossa natureza humana decaída e, não somente a trouxe de volta à vida, mas a uniu a Si mesmo para que nossa vida restaurada fosse uma vida divina. A graça que Ele nos deu foi sua própria filiação.
HAHN, Scott. Razões para Crer: Como entender, explicar e defender a Fé Católica. São Paulo: Cléofas, 2015.

Nenhum comentário:
Postar um comentário